Você já percebeu nossa inclinação para a crítica? Quando nos referimos a alguém, no meio da frase, quase sempre incluímos um “mas”: “Ele é muito bom, tem garra, estuda, mas… isso eu não aceito nele”. Ao dizer o “mas”, uma barreira com essa pessoa já foi criada; e não demora, já não vejo mais suas qualidades – lutador, estudioso, alegre, fraterno –, somente seus defeitos.
Pense, agora, nas pessoas por quem você tem antipatias, resistências… É um exercício de conversão. Pensemos nas pessoas que rejeitamos, naquela da qual nos afastamos dizendo a nós mesmos: “Essa não serve para mim”. Naquele de quem falamos assim: “Hum! Está chegando… Vou sair daqui, porque o ar vai ficar irrespirável”. Não é assim que agimos? Não é essa nossa inclinação? Nos atos religiosos, em reuniões festivas, nossa tendência é ficar com nossa “panelinha”. Percebe isso em você?
“Amai os vossos inimigos” (Mt 5,44).
Nesta mesma passagem, Jesus ainda diz: “Orai por eles”. É bom levar essas dificuldades a Jesus, levar para Ele todas as pessoas que rejeitamos, pelas quais nutrimos resistências, invejas, antipatias. Quantos de nós, ao perceber o outro em evidência, nós o rejeitamos por ciúmes ou por não suportar ver seu sucesso.
Precisamos amar até mesmo os nossos opositores
Jesus não nos chama para fazer parte de Seu Reino rejeitando nosso irmão. Ele nos chama para resgatá-lo para Deus. Ele nos resgatou para que nossa vida seja uma obra de resgate!
Em seu caminhar, você vai se alegrar com o sucesso do outro, mas também vai chorar com ele.
“Alegrai-vos com os que se alegram, chorai com os que choram”(Rm 12,15).
Pense nas pessoas de quem você falou mal, contra as quais fez maldades, para as quais “virou as costas”, das quais sentiu inveja, teve ciúmes; pense naquelas pessoas que você mandou para fora do grupinho, para fora de sua convivência! Envie o amor de Deus para elas.
Precisamos pedir auxílio através da oração
O Santo Padre João Paulo II dizia: “A oração o levará, aos poucos, a ver a realidade com um olhar contemplativo, que lhe permitirá reconhecer a Deus em cada instante e em todas as coisas, contemplá-Lo em cada pessoa, procurar cumprir Sua vontade nos acontecimentos (Ecclesia in America n. 29).
Quando não amamos o bastante, para superar nossas dificuldades de amar precisamos rezar. Rezar para amar. “Só o amor encobre uma multidão de pecados” (cf. 1Pd 4,8). Comece a rezar diariamente pelas pessoas com quem você tem dificuldade de amar. Libere o Amor de Deus para elas, pois esse amor será cura para todo o corpo.
São Paulo nos ensina: “Vós todos sois o corpo de Cristo e, individualmente, sois membros desse corpo. Se um membro sofre, todos os membros sofrem com ele; se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele” (1Cor 12,27.26).
Deus abençoe você!
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